segunda-feira, 21 de maio de 2018

Caminhoneiros da região fazem protesto na SP-79

Jornal Cruzeiro do Sul
Ana Cláudia Martins

Atualizada às 12h

Os trabalhadores estão concentrados em um posto de combustível na rodovia - FÁBIO ROGÉRIO

Caminhoneiros autônomos da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) realizaram na manhã desta segunda-feira (21) um protesto contra a alta constante no preço do litro do óleo diesel e também dos pedágios no quilômetro 100 da rodovia SP-79, em Votorantim. A manifestação fez parte de uma mobilização nacional. Os trabalhadores ficaram concentrados em um posto de combustíveis na rodovia e os caminhões permaneceram estacionados no local. 

Segundo um dos participantes do movimento, Jonas Duarte, cerca de 200 caminhões ficaram parados no posto e aderiram ao protesto da categoria. Eles começaram a parar os caminhões no posto por volta das 6h e colocaram fogo em pneus no acostamento da rodovia para chamar a atenção para o protesto. A Polícia Rodoviária esteve no local e estimou que cerca de 50 caminhões aderiram ao protesto. A polícia disse que não houve interdição de pista no início da manhã, e o tráfego continuou fluindo normalmente na rodovia.

Nesta segunda-feira (21) foi anunciado mais uma alta no valor do diesel nas refinarias, de 0,97% a partir de terça (22). Na semana passada, foram cinco reajustes diários seguidos. A escalada nos preços acontece em meio à disparada nos preços internacionais do petróleo. 



A manifestação faz parte de uma mobilização nacional - FÁBIO ROGÉRIO

Nacional

O protesto nacional da categoria foi convocado pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) em carta divulgada na sexta-feira (18) a todos os caminhoneiros autônomos do País a participarem da Paralisação Nacional dos Caminhoneiros Autônomos contra os impostos no óleo diesel. "A entidade afirma que a decisão foi tomada após esperar por uma resposta do governo federal, que até o momento, não tomou qualquer iniciativa em relação aos pleitos feitos pela categoria, são eles: a redução da carga tributária incidente sobre operações com óleo diesel a zero, sendo elas as alíquotas da contribuição para PIS/PASEP - e Confins - incidentes sobre a receita bruta de venda no mercado interno de óleo diesel a ser utilizado pelo transportador autônomo de cargas; e torne isentas da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), incidente sobre a receita bruta de venda no mercado interno de óleo diesel a ser utilizado pelo transportador autônomo de cargas", diz em nota.

A Abcam disse ainda que o aumento constante do preço nas refinarias e dos impostos que recaem sobre o óleo diesel tornou a situação insustentável para o transportador autônomo. Além da correção quase diária dos preços dos combustíveis realizado pela Petrobrás, que dificulta a previsão dos custos por parte do transportador, os tributos PIS/Cofins, majorados em meados de 2017, com o argumento de serem necessários para compensar as dificuldades fiscais do governo, são o grande empecilho para manter o valor do frete em níveis satisfatórios.

"Pedimos que todos os caminhoneiros deste País façam a paralisação em suas casas, ou em postos de abastecimento, sempre de forma pacífica e sem prejudicar o direito de ir e vir de outros condutores. Não apoiamos atos de violência, agressões, barricadas nas rodovias ou atos de depredação de patrimônio público", diz a entidade.

Segundo a Abdcam, outras entidades que não fazem parte da categoria de transporte rodoviário de cargas também estão aderindo à paralisação, são elas: União Geral dos Transportadores Escolares (UGTESP), Cooperativa de Turismo do Distrito Federal (COOPETUR), Sindfrete, Unitrans Brasil, Sindicato de Escolares de Pernambuco e Sindicato de Taxistas de São Paulo e Nordeste.

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