domingo, 1 de maio de 2016

Pacientes que fizeram transplante se preocupam com falta de remédio

Micofenolato de sódio é usado para que o organismo não rejeite órgão.
Secretaria de Saúde do Estado disse que houve demanda inesperada.



Grupo também aguardava disponibilização do medicamento (Foto: Reprodução/ TV TEM)


Os pacientes que fizeram transplante de rim e dependem de um medicamento específico para que o organismo não tenha rejeição do órgão estão preocupados com a falta do remédio na região de Sorocaba (SP). Na sexta-feira (29) alguns deles tiveram dificuldade para encontrar o micofenolato de sódio. A Secretaria de Saúde do Estado alegou que houve demanda inesperada e foi um caso pontual.
Este é o caso do aposentado, de Salto (SP), que há 13 anos fez a cirurgia e guarda as poucas cápsulas que sobraram do remédio. A TV TEM foi até a farmácia de alto custo da cidade para descobrir o motivo da falta do medicamento e uma funcionária confirmou a situação.

“Para minha surpresa, um dos medicamentos estava em falta. Questionei a funcionária e ela me disse para voltar no dia 5 de maio. Eu disse à ela que eu não podia aceitar isso pacivamente porque eu tinha uma cartela com dez comprimidos e tomo dois por dia. Então pediram para entrar em contato com a central de Sorocaba, foi o que fiz e também não tinha previsão de chegada do material”, diz Odair que ficou mais tranquilo ao conseguir uma doação.
Além dele, mais pessoas que passaram procedimento não conseguiram o medicamento na farmácia de alto custo do Hospital do Leonor em Sorocaba. De acordo com a aposentada Vilma Martins Pereira, ela foi de Votorantim (SP), que também está falta, até Sorocaba para tentar conseguir remédio.“Falei para a moça que não posso ficar sem. Ninguém pode”, conta.

Entretanto, durante a reportagem da TV TEM no local, os pacientes foram avisados que o remédio tinha chegado. A informação foi bem recebida por quem aguardava. “Chegou o de 360 e o outro está em falta ainda. Mas pelo menos por um tempo está garantido”, afirma a dona de casa Rosângela Rafael Silvino.

Em meio aos pacientes que dividem o mesmo drama, o deficiente visual Marcos Ribeiro da Costa teve a visão comprometida pelo problema que tinha no rim. Segundo ele, depois de esperar na fila e conseguir um transplante, agora só falta o remédio para garantir uma melhor qualidade de vida.

"Nós lutamos, não estou sozinho aqui, por esse fato do transplante e ficar sem medicamento é revoltante. Não tem o que se discutir", comenta.

A Secretaria de Estado de Saúde disse em nota que houve um aumento inesperado de demanda e que a falta de remédio foi pontual. Os pacientes foram avisados para ir buscar o medicamento.



Odair fez transplante há 13 anos e precisa de
medicamento (Foto: Reprodução/ TV TEM)

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