quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Estudantes ocupam mais escolas estaduais em Sorocaba

Do G1 Sorocaba e Jundiaí

Ao todo, são 21 unidades ocupadas na cidade e na região de Jundiaí.
Protesto é contra a reorganização no ensino proposta pelo governo.



Alunos fazem manifestação na frente de escolas (Foto: Moisés Soares/ TV TEM)

A região de Sorocaba tem 21 escolas estaduais ocupadas por estudantes. Mais duas unidades foram ocupadas nesta quarta-feira (25). Na região de Jundiaí (SP) são três. As manifestações dos alunos é contra a reorganização escolar proposta pelo governo do Estado de São Paulo. Já são 150 as escolas ocupadas por estudantes contrários ao projeto.

As escolas ocupadas em Sorocaba são:

- E.E. Antônio Vieira Campos, no bairro Júlio de Mesquita: apesar de atualmente também ter alunos do 6º ao 9º do ensino fundamental, vai passar a atender somente alunos do ensino médio em 2016;

- E.E. Hélio Del Cistia, no Jardim São Camilo: apesar de atualmente ter alunos do ensino médio, vai atender somente alunos do 6º ao 9º do ensino fundamental;

- E. E. Mário Guilherme Notari, no Jardim Luciana Maria: será fechada e o prédio utilizado pelo Centro Paula Souza ou pela prefeitura;

- E.E. Professor Jorge Madureira, no Jardim Guaíba: vai passar a atender apenas alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental;

- E.E. Humberto de Campos, Jardim Zulmira: apesar de atualmente ter alunos do 6º ao 9º do ensino fundamental, vai passar a atender somente alunos do ensino médio em 2016;

- E.E. Professora Beathris Caixeiro Del Cistia, que fica no Jardim São Conrado: apesar de atualmente a unidade também ter alunos do 6º ao 9º do ensino fundamental, vai passar a atender somente alunos do ensino médio em 2016;

- E.E. Lauro Sanches, na Vila Carol: com a reorganização do ensino estadual, a instituição passará a ser de ciclo único e atenderá somente alunos que estão do 6º ao 9º do ensino fundamental;

- E. E. Júlio Prestes de Albuquerque, no Centro: a escola irá atender, a partir do ano que vem, somente alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental;

- E. E. Antônio Padilha, no Centro: apesar de atualmente também ter alunos do 6º ao 9º do ensino fundamental, a unidade vai passar a atender somente alunos do ensino médio em 2016;

- E.E. João Rodrigues Bueno, na Vila Carol: apesar de atualmente também ter alunos do 6º ao 9º do ensino fundamental, a unidade vai passar a atender somente alunos do ensino médio em 2016;

- E.E. Professora Elza Salvestro Bonilha, no Jardim Itanguá: será fechada e o prédio utilizado pelo Centro Paula Souza ou prefeitura;

- E.E. Professor Roque Conceição Martins, no Jardim Guadalupe: será fechada e o prédio utilizado pelo Centro Paula Souza ou prefeitura.

- E.E Professor Rafael Orsi Filho, no bairro Júlio de Mesquita; a escola irá atender, a partir do ano que vem, somente alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental.

- E.E Senador Vergueiro, na Vila Hortência; não será afetada pela reorganização do ensino.

- E.E Professor Genésio Machado, na Vila Santana; a escola irá atender, a partir do ano que vem, somente alunos do ensino médio, do 1º ao 3º anos.

- E.E Professor Antônio Cordeio, no Parque das Laranjeiras; apesar de atualmente também ter alunos do 6º ao 9º do ensino fundamental, a unidade vai passar a atender somente alunos do ensino médio em 2016.

- E.E Professora Ossis Salvestrini Mendes, na Rua Paes de Linhares, 1198, no Jardim Paulistano.

- E.E Professora Ezequiel Machado nascimento, que fica na Rua Angelo Elias, 830, no Santa Rosália.

Rotina
Colchões infláveis, sacolas com alimentos, produtos de limpeza e videogame. Esses são alguns dos objetos trazidos pelos alunos que ocupam a Escola Estadual Beathris Caixeiro Del Cistia, no bairro São Conrado, em Sorocaba (SP), em protesto contra a reorganização escolar proposta pelo Governo do Estado. A organização de uma sala transformada em dormitório foi apresentada por uma adolescente à equipe da TV TEM na terça-feira (24).

Ao observar as imagens, é possível notar sobre as carteiras, cerca de oito colchões infláveis com lençóis e travesseiros, que ocupam uma fileira inteira perto das janelas. No local, também tem mochilas e jaquetas no chão. Já na área do refeitório, que se tornou uma espécie de despensa, alimentos perecíveis, como feijão, ainda estão embalados em sacolas plásticas. Ao lado deles, em mesas separadas, produtos de limpeza, como água sanitária. No freezer, salsicha e leite.

"Temos a despensa onde a gente tem mantimentos arrecadados para o almoço e a janta. Também trouxemos produtos de limpeza para manter a escola limpa. Existe uma sala onde os meninos dormem e os colchões foram doados. No local, eles improvisaram um lugar para jogar videogame e distrair um pouco a cabeça em um horário livre", detalha a jovem.

No total, a escola tem 1.225 alunos e está ocupada desde segunda-feira (23) por cerca de 50 estudantes. Com a reorganização, a unidade, que atualmente atende alunos do 6º ao 9º do ensino fundamental e também do ensino médio, passará a ter estudantes apenas do ensino médio.

Sem prova
Por conta das ocupações, as provas do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), que seriam aplicadas nesta terça-feira (24) e quarta-feira (25), foram canceladas nessas unidades. A informação foi confirmada por meio de nota pela Secretaria de Educação.

Nas demais unidades da cidade, o exame que mede o nível de aprendizado dos alunos paulistas será aplicada normalmente. As notas obtidas compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) e servem como parâmetro ao cálculo do bônus de professores e funcionários.

Os aspectos relacionados ao pagamento do bônus por resultado, que tem no Saresp elemento central para fins de cálculo, serão estudados do ponto de vista legal e comunicados posteriormente. A previsão da Secretaria é que 1,2 milhão de alunos sejam avaliados neste ano.

De acordo com a coordenadora do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) de Sorocaba, Magda Souza, não é possível quantificar o número de ativistas que realizam os movimentos porque a organização dos protestos é feita apenas pelos alunos. "Há uma variação de ativistas em cada escola. Estive em locais com 30 estudantes, outros com 50. Não estamos organizando [o protesto], mas apoiamos os movimentos. Somos contra essa reorganização", afirma.

Em Jundiaí e região
Já faz uma semana que os alunos ocuparam a E.E. Eloy de Miranda Chaves, na Vila Aparecida, em Jundiaí (SP). A E.E. Barão de Jundiaí, que fica no bairro Colônia, também está ocupada.

Os jovens ocuparam a escola na última terça-feira (16). Eles são contra a reorganização escolar proposta pelo Governo do Estado. Na quinta-feira (19), o juiz da Vara da Fazenda Pública de Jundiaí determinou a reintegração de posse, mas os estudantes se recusaram a deixar o prédio depois da visita do oficial de Justiça.

Também na noite de segunda-feira (23), a Escola Estadual Rei Dagoberto Romag, em Campo Limpo Paulista (SP), foi ocupada por estudantes em protesto contra a reorganização escolar. Segundo a Secretaria de Educação, a escola não faz parte das mudanças no ensino, mas os alunos pedem por melhorias na estrutura da unidade.

Votorantim e Iperó
A E.E. Selma Maria Martins Cunha, localizada no Jardim Tatiana, em Votorantim (SP), também aderiu ao movimento estudantil na manhã desta terça-feira. Os estudantes tomaram a unidade antes do início das aulas. A escola atende atualmente alunos do 6º ao 9º do ensino fundamental e também do 1º ao 3º ano do ensino médio. Mas, no ano que vem, passará a ser de ciclo único, atendendo apenas alunos do ensino médio.

Já em Iperó, alunos ocuparam a E.E Gaspar Ricardo Júnior, localizada na Rua Santo Antônio, 186, no Centro. A escola não será afetada pela reorganização escolar, segundo a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.

Assista: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2015/11/estudantes-ocupam-mais-escolas-estaduais-em-sorocaba.html

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