Usuários do transporte coletivo em Votorantim reclamam que o aumento na tarifa, acima da inflação, pesou no orçamento doméstico, já que os salários não acompanham os reajustes. Desde a última segunda-feira, as tarifas tiveram aumento de até 13,3% enquanto o índice que mede a inflação é de 7,45%. Quem tem direito ao benefício do passe estudante ou passe cidadão enfrenta um reajuste menor porque também houve um acréscimo no subsídio oferecido pela Prefeitura para custear parte do serviço.
Alessandra Martins de Souza Silva, 37 anos, afirma que o marido vai de ônibus para o trabalho todos os dias e não recebe vale-transporte. "E eu também uso, três vezes por semana", conta, o que conforme ela aumentou o custo das despesas em seu lar. Para a vendedora Edilaine Romano da Cruz e a babá Fernanda Brantes, que trabalham de segunda a sábado e também não recebem vale-transporte, o preço do ônibus já é muito caro e agora aumentou mais, reclamam. Elas contam que durante os seis dias da semana que se deslocam para ir ao serviço, gastavam antes R$ 115,20 por mês e agora o valor foi para R$ 124,80, tendo de desembolsar R$ 9,60 a mais, mesmo continuando com o mesmo salário. No caso elas usam o cartão comum, que permite a integração, cujo valor passou de R$ 2,40 para R$ 2,60. Essa categoria tem parcela custeada pelo poder público municipal, que passou de R$ 0,60 para R$ 0,80.
Para quem usa o bilhete unitário - tarifa sem subsídio, que não dá direito à integração - o valor passou de R$ 3 para R$ 3,40. Também tiveram reajustes o passe estudante, de R$ 1,50 para R$ 1,60 - com subsídio passando de R$ 0,05 para R$ 0,10 - e o vale-transporte, de R$ 3,10 para R$ 3,40. (D.J.)
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